
Gigantes da Era do Gelo viveram em Mato Grosso do Sul por mais tempo que o imaginado, revela estudo
Pesquisadores da University College London e do Museu de História Natural do Reino Unido estão explorando a hipótese de que os primeiros dinossauros habitaram regiões remotas e de difícil acesso, como o Saara e a Amazônia, áreas que integravam o antigo supercontinente Gondwana. Os fósseis mais antigos, datando de cerca de 230 milhões de anos, foram encontrados em locais que sugerem que os dinossauros já estavam diversificando e se expandindo globalmente.
Origem dupla: Gondwana e Laurásia
Fósseis descobertos tanto em Gondwana (que englobava a África e a América do Sul) quanto em Laurásia (que incluía partes da América do Norte e da Eurásia) indicam uma possível origem dupla dos dinossauros. No entanto, há uma lacuna significativa nos registros fósseis em regiões próximas ao equador, o que pode estar relacionado às condições rigorosas para fossilização, como o sepultamento rápido em sedimentos.
A hipótese de que áreas remotas como o Saara e a Amazônia possam ter sido berços dos dinossauros é sustentada por fósseis de répteis pré-dinossauros, como os silesaurídeos. Esses répteis são considerados potenciais ancestrais dos ornitísquios, um dos principais grupos de dinossauros. Apesar da ausência de fósseis iniciais de ornitísquios, a presença de silesaurídeos nessas áreas pode preencher lacunas na árvore genealógica dos dinossauros, reforçando o papel de Gondwana como ponto-chave na origem dos dinossauros.
Desafios das pesquisas paleontológicas
A busca por fósseis nessas regiões enfrenta obstáculos significativos. Locais como o Saara e a Amazônia apresentam condições ambientais adversas e são geograficamente isolados, dificultando o acesso para expedições. Além disso, fatores como o clima tropical e a erosão podem prejudicar a preservação de fósseis, limitando as evidências disponíveis para estudo.
Apesar das dificuldades, a paleontologia tem grande potencial para fazer descobertas transformadoras. Novas tecnologias, como imagens de satélite e análises de sedimentos, estão facilitando a exploração de áreas remotas. Com o aumento de expedições e esforços colaborativos, os pesquisadores acreditam que é possível preencher lacunas nos registros fósseis e redefinir a história da evolução dos dinossauros.
E mesmo que ainda existam muitos desafios, o otimismo permanece alto entre os cientistas. Acredita-se que futuras expedições a regiões como o Saara e a Amazônia podem revelar fósseis capazes de transformar nossa compreensão das origens e dispersão dos dinossauros, lançando luz sobre os eventos que moldaram a diversidade dos gigantes pré-históricos.